De forma inovadora, a Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ) do TJMS está formalizando um convênio com um grupo de terapeutas sistêmicos comandados por Amilton Plácito Rosa que irá proporcionar atendimento gratuito às famílias, crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência por meio da Terapia Constelação Familiar.
A técnica vem sendo incorporada a diversas práticas do Judiciário nacional, no entanto esta será a primeira vez que a linha da Constelação Familiar será utilizada no atendimento de familiares, jovens e crianças vítimas ou testemunhas de violência.
Criada pelo psicoterapeuta alemão Bert Hellinger, trata-se de um método psicoterapêutico de abordagem sistêmica, reconstruindo a árvore genealógica de cada indivíduo de modo que seja possível analisar se os problemas de relacionamento dele são frutos de reprodução de problemas ou situações já vivenciados por seus antepassados, isto porque Hellinger observou que os padrões de comportamento das pessoas se repetem nas famílias ao longo das gerações.
Já o precursor da utilização do método no Judiciário foi o juiz Sami Storch, do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia. Ele foi pioneiro, em nível mundial, ao aplicar o conhecimento das Constelações Familiares para resolução de conflitos em ações de divórcio, pensão alimentícia, guarda de filhos, além de infrações de adolescentes. O magistrado chegou a receber uma menção honrosa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) durante a premiação da 5ª edição do Prêmio Conciliar é Legal, em junho de 2015, na qual o TJBA foi destaque.
Segundo a equipe de facilitadores da CIJ, desde a implantação da Central de Depoimento Especial, que colhe os depoimentos de crianças e adolescentes utilizando técnicas da escuta especial, o chamado “depoimento sem dano”, havia uma previsão de que estas pessoas e seus familiares fossem encaminhadas a um tratamento especializado, no sentido de superar esta situação traumática enfrentada. No entanto, como não há uma estrutura capaz de atender essa demanda, a Coordenadoria da Infância buscou parcerias para desenvolver o atendimento.
Foi assim que começaram as tratativas com Amilton Plácito Rosa e seu grupo de terapeutas que já foram parceiros da CIJ em 2013. A última reunião aconteceu na sexta-feira passada, dia 12 de fevereiro, onde a nova parceria foi estabelecida e agora caminha para a formalização junto ao Tribunal de Justiça.
Pelo convênio, o Tribunal de Justiça irá dispor de um local adequado para os atendimentos que acontecem no intervalo de 15 dias. Em contrapartida, o grupo de terapeutas irá prestar o serviço de forma voluntária.
O intuito é ainda expandir a utilização do método para outras áreas da Infância e Juventude, tais como Justiça Restaurativa, adolescentes infratores, além de crianças e adolescentes em situação de acolhimento.
Bruna. Conheco Amilton plácido. Já estive em curso c ele!!
Enviado do meu smartphone Samsung Galaxy.
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Toda técnica inovadora e criativa é sempre bem vinda, principalmente no conflito familiar
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